segunda-feira, 18 de junho de 2012

Antes de dormir...

Uma coisa me perturba nesses últimos dias, me incomoda muito. Temo que a loucura deste século esteja me contaminando. Um cansaço extremo tem tomado conta de mim, uma impaciência, raiva sem precedentes, uma dependência do dinheiro, achando que as oportunidades maiores da vida só se concretizam através dele... uma escravidão em relação ao trabalho, que tem tomado bem mais tempo da minha vida do que deveria. Ou eu sou um péssimo gerente da minha vida ou realmente eu preciso mudar completamente de mentalidade acerca dela. Ainda é uma hora da madrugada e eu já trabalhei, pra "adiantar o serviço". E adianto trabalho e atraso meu sono, minha saúde. Eu acelero minha vida pra poder dar conta de tudo e acabo com meu coração e nervos. Eu me acabo pra ganhar um salário melhor mas vivo infeliz. Meu Deus, até quando eu viverei esse merda de existência, porque isso não é vida. Longe da minha família, longe de mim mesmo, longe do Senhor.

Por causa disso eu tenho vivido mal a única coisa que realmente me traz alegria e paz na minha vida, que também é benção vinda do Senhor: o amor. Sim, sequer tenho tempo e ocasião para observar as alegrias que o amor de Deus me proporcionam. Deus, eu imploro humildemente, não me deixe ser engodado pelas desgraças vaidosas e mentirosas desse mundo, eu não quero fazer parte desse modo de vida mesquinho e banal, que se esquece da alma e banaliza o corpo, que adoece o espírito, que mata, rouba e destrói a vida do homem. Livre sou, e quero depender somente do Senhor para ser feliz. Ora essa, nunca precisei de muito dinheiro, roupas de marca, carro, casa, nunca tive nada disso e sempre amei minha vida, família, amigos. Eu amo a simplicidade e se só nela eu consigo me relacionar contigo, então nela eu quero permanecer. Prosperidade é ser feliz e felicidade SOMENTE com JESUS.

Eu quero ser daqueles loucos que largam tudo pra viver para o Senhor. Quero ter coragem para isso e saber enxergar quando a chance aparecer. O meu trabalho não consegue dar sentido à minha vida, minha faculdade só revela o quanto somos vaidosos e escravos, mas a Tua Palavra me revela o quão grande é Teu amor e quão simples e direta é a tua vontade. O que tiver da fazer da minha vida, Senhor, faça para que eu me aproxime do Senhor.
Não quero perder tempo me deixando escravizar por esse modo mesquinho de vida que tenho levado. Não quero viver pelo dinheiro. Por que é para isso que temos vivido. Trabalho por dinheiro, conhecimento por dinheiro, tudo por um bom emprego, um salário bom, nada por amor, prazer. O prazer tem sido em ter, não em ser e, apesar de tanto nisso se falar, de tanto isso ouvir eu ainda não consegui me libertar dessa escravidão. Descobri que sou igual a todo mundo. Eu não posso querer ver minha realização no dinheiro. Eu vou morrer e o dinheiro vai ficar pra outro gastar.

Eu quero unicamente para minha vida temer a Deus e guardar seus mandamentos. Ah, quero desfrutar as alegrias com a mulher da minha juventude (isso é benção de Deus também, e eu tenho recebido, Aleluia!)também. Ora, não dá pra ser feliz sozinho, vamo lá, né gente?

Senhor, tu és santo, justo e bom. A Ti glória, louvor, adoração e honra. Amém.

Hudson Chaves

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Tiago 1:13-14

Alguém tem lido a Bíblia?

13 Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
14 Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

sábado, 7 de abril de 2012

Cansaço

Não sei se é falta de fé, não sei se é heresia e que o Senhor perdoe este menino dobre, mas eu estou extremamente cansado. Decepcionado com a religião. Decepcionado com o religioso que sempre fui. Desolado por ter feito tanto, mas não ter feito nada, por ter realizado algo tão marcante quanto uma névoa dissipada pela brisa. Foi-se minha vontade, minha esperança, é tudo vão, meu Deus?

Eu vejo esse pessoal celebrando a morte de Cristo. Celebrando em micaretas, vendo porcarias na TV ou indo a rituais assaz enfadonhos. Nos poucos lugares onde andei, não vi ou ouvi nenhum comentário (a não ser no facebook) sobre a morte dolorosa de um certo Jesus, filho de Deus. 

Eu fico imaginando o Cristo olhando a mentira e a hipocrisia de nossos corações e meneando a cabeça "Vocês continuam fazendo errado!". E eu me sinto o pior ser humano da face da Terra, o mais errado, o mais babaca, o mais vão dos homens. Um buraco tem mais conteúdo que minha alma. Meu Deus, me esqueci de olhar para Ti, olhei para a religião toda a minha vida e acabei nesse deserto de ventos gelados, de dias escuros e noites atormentadas, mas ambos mornos e inertes.

Agora estou muito, extremamente cansado, exausto! E, como diz a canção "só tenho Você", meu Deus. Esquecemos que só temos o Senhor para nos nortear e dizer as afáveis palavras de salvação. Senhor, não fui para o Senhor, estou perdido, sem lugar. Sim, perdido, decepcionado (com o vazio em que me tornei), e sem um pingo de esperança, penso que tudo é uma colossal vaidade, tão ridícula como correr atrás do vento.

Mas eu bem sei que, a culpa por essa religião não ter me ligado ao Senhor, é minha, totalmente minha, que fui mentiroso, vil, leviano, imoral, pecador, o pior deles, pois enquanto pecava tinha aparência de bom menino. Deus, não me deixe morrer decepcionado com religião ou com minha incapacidade de alcançar Seus santos ideais. Quando terminar meus dias por aqui, quero estar feliz por tantas e tantas bem aventuranças o Senhor derramou sobre minha vida, e tem derramado desde que nasci, apesar de minhas desobediências.

Senhor, seu amor e majestade são santos e infalíveis e só ao Senhor quero estar preso. 

Misericórdia, Senhor.

Hudson Chaves

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Moda gay


Sim, este é um assunto delicado. Mas quero deixar minha opinião. Isso mesmo, essa é minha opinião, ok?

Estava conversando com uma amiga sobre rebeldia e ela disse algo que vale ser repetido: antigamente, no tempo de nossos pais, rebeldia significava usar roupas diferentes, cabelos malucos; há pouco tempo atrás, no nosso tempo, rebeldia significava sair para baladas, usar drogas e bebidas; já hoje, rebeldia significa ser gay. E eu concordei em tudo. Claro! Até porque eu não conheço nenhum 'vovô' gay. Agora que vai começar a aparecer.

Não se sabe mais quais estão na moda e quais são os 'gays de verdade'. Eu não tenho nada contra os gays, nem a favor. Conheço vários, e não tenho problemas. Eu só tenho uma curiosidade: se fôssemos todos para o Irã, para o país de Mahmud Ahmadinejad onde os homossexuais sofrem torturas, chibatadas, são enforcados e apedrejados, não só executados, e sim, apedrejados até a morte, eu queria saber quantos seriam os 'gays de verdade'.

Outro dia ouvi a aclamada Lady Gaga dizendo que as pessoas falam que Jesus é um cara que ama somente um tipo de pessoa, de uma certa religião, de uma certa sexualidade, de uma certa moral... E como ela tem sido muito abençoada, ela percebeu que Ele a ama também. Então concluiu que Jesus ama todos, não importando crença, religião, sexualidade, nem nada. E eu concordei em tudo. Claro! Ela está certíssima! O Senhor ama todos sim, não importando TUDO!

Mas a grande questão é: será que o amor do Senhor para comigo é O suficiente para garantir minha entrada no céu (claro, se assim eu o quiser)?

Fernanda Abdallah 
Mendonça Moreschi

terça-feira, 27 de março de 2012

Tem paciência

Quer saber? Eu estou de saco cheio. Isso mesmo, sem rodeios. É difícil ver tanta nojeira junto, tanta vergonha ao Evangelho, tanta falcatrua, corrupção, mentiras, enganos e tudo o mais que o diabo pode oferecer a seus seguidores, a saber, os falsos profetas e incrédulos (não se sabe qual é o pior). Vemos agora dois líderes famosos e ricos (oh, sim, muito ricos) digladiando-se freneticamente. E o pior é que ainda há uma multidão de estúpidos que, deixando a luz perfeita da Palavra e emaranhando-se em costumes estranhos, seguem estes tais e os defendem.

Não vou ficar tecendo mais um blá-blá-blá contra esses picaretas, não, tenho mais o que fazer. Mas, se por um lado "ai de quem tocar num ungido de Deus", "ai dos líderes hipócritas que não entram no Reino e não permitem que ninguém mais entre". Há uma boa lista de ungidos do Senhor que caíram e caíram feio. E não caíram porque um ou outro resolveu criticar ou repreender, mas caíram pela própria ira de Deus. Aliás, Este sim deveria ser mais respeitado e lembrado.

Não assitamos a essa balbúrdia escrota, não demos audiência a este antro de idiotice que mais irrita e enoja do que informa. Desligue a TV, vá ler um livro, conversar com alguém (esse alguém pode ser Deus), namorar, estudar, postar em blog, qualquer coisa.

Isso cansa, muito, cansa e chateia. Agora chega que eu preciso estudar. Pois é, não moro em Alphaville, tampouco possuo fazendas ou jatinhos, tenho que ralar muito pra viver. 

Um abraço,

 Hudson Chaves

quarta-feira, 14 de março de 2012

Oração

Hoje eu acordei de madrugada. Na verdade eu fui acordado às 05h00min, por um inseto infeliz que insistiu em subir por minha perna direita e acabou só os fiapos, coitado. Não sei que inseto era, fiquei com preguiça de acender a luz (na verdade a lâmpada do meu quarto está queimada a meses e eu não criei vergonha na cara pra trocar), só sei que ele jaz espalhado na minha perna. Nem devia ser muito grande, nem sujou (muito). 

Enfim, acordei de madrugada e lembrei-me de orar. Eu poderia dizer que "Deus tocou no meu coração para que eu fizesse um clamor" mas eu acho que Ele só deixou minha memória funcionar. E orei. Nada demais, não houve manifestações sobrenaturais, anjos não apareceram, a terra não tremeu nem o "vento do Espírito" soprou. Foi uma oração simples, breve, comum. E foi tão bom, apesar de rápido porque eu estava com um sono horroroso, no entanto parecia que Deus queria só bater um papo. Parecia aquele velho amigo que vem fazer uma visita porque eu nunca mais dei notícia, só pra bater um papinho, ou unicamente pra ouvir a minha voz, me ver. E, como todo crente pidão, fiz lá minhas petições, agradeci e me envergonhei muito de ser tão relapso com o relacionamento com meu Criador. Acho que a oração durou uns cinco minutos, daí pra menos. 

Percebi que esqueci-me de orar, de falar com Deus, de queixar-me com Ele, de lamentar-me, de louvá-Lo. Orar, falar com Deus é muito bom e esquecer-se disso além de pecado é uma verdadeira burrice. Não buscar a Deus é uma coisa que só panacas feridos como eu costumam fazer e, pior, quando mais precisam. E apesar de toda a minha bestialidade, Deus ainda me acorda pra um "bate-papo" na madrugada, só pra matar a saudade. Ele sente minha falta (se você tá na mesma situação que eu, deve estar sentindo a sua falta também). Também sinto muito a distância que acabei ficando dEle (escrever com letra maiúscula toda hora é meio chato, mas é o mínimo de respeito que posso demonstrar pelo meu Deus, dá licença?). 

Puxa, e como é bom orar, só Deus e eu, sem máscaras, sem usar o dialeto "crentês" (obrigatório em orações de "fogo" nos templos góspi) falá-Lo como Ele gosta de ser tratado, como amigo, como Pai. Obrigado, Senhor, por mais essa lição e perdoe por ficar longe. 

Abração. 

Hudson Chaves

sexta-feira, 2 de março de 2012

Pequenas coisas II

Outro dia desses estava em uma das minhas 'viagens' de ônibus a caminho de um terminal rodoviário quando um pregador escandaloso entrou e começou seu espetáculo. Resolvi prestar atenção (até porque não se tem a opção de não prestar) em suas palavras. Em seu discurso me senti totalmente constrangida porque estava de calças, brincos e maquiagem. Eu era a mulher do inferno, a que é usada pelo diabo. Porque tudo isso é vaidade!!

Então, finalmente, quando a nunca tão esperada chegada ao terminal aconteceu, entrei em conflito comigo. Fiquei por muito tempo pensando e questionando: Deus, será que isso é certo? Será que é isso que o Senhor quer? Será que isso agrada ao Teu coração? Será que é isso que eu tenho que fazer?

Eu, realmente em dúvida, não conseguia chegar a uma conclusão. Foi que neste exato momento passou um rapaz deficiente mental andando sem muita direção e outro rapaz ao seu lado o auxiliando, o conduzindo carinhosamente. Foi aí que meus olhos imediatamente lacrimejaram e eu pude entender: isto que é Evangelho.

Fernanda Abdallah 
Mendonça Moreschi

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Derrotados?

Em tempos de teologia da prosperidade, dos “mais que vencedores”, daqueles que decretam e “deus” faz, dos que não adoecem, não se deprimem, comem das “iguarias da terra” e desfrutam do “melhor” que lhes está “reservado”, eu confesso: sou um derrotado!

Provavelmente não há esperança para mim... Existo em meio a contradições, minha alma está dividida, estou em “milhares de carros, eu estou ao meio”. A grande maioria dos meus sonhos nunca se cumpriu, boa parte dos projetos que idealizei deu em nada, já trabalhei sem ter resultados, me senti por vezes como Sansão, rodando a grande roda de moinho da vida sem sair do lugar.

Mesmo dizendo para mim mesmo que “tudo posso naquele que me fortalece”, continuo sentindo medo. Há “fantasmas” percorrendo as ruas sombrias da minha alma, lembranças que me atormentam, “vozes” que me assustam. Não raro sinto um aperto no coração, falta de ar, falta de espaço, falta de chão! Eu bem que queria ser daqueles que nunca retrocedem, que derrotam os “gigantes” e jamais caem na “batalha”, mas a verdade é que sou frágil, me canso, me desmotivo, sou como um qualquer, sou genérico, ainda que desejasse ser singular...   

Como disse o Lulu Santos em sua canção, “já não tenho dedos pra contar de quantos barrancos despenquei, e quantas pedras me atiraram, ou quantas atirei”. Já me meti em muitas enrascadas, fiz escolhas desastrosas, perdi tempo, perdi dinheiro, perdi amigos, perdi vida, essa coisa preciosa que não se pode recuperar, vida que escorreu pelos meus dedos, seiva que se foi como um rio pelo esgoto do cotidiano.
Na verdade, “eu não sou um homem; sou um campo de batalhas” como afirmou Nietzsche. Dentro de mim há fogo, dores, desencontros e paradoxos. Estou em “guerra” contra Deus, contra o meu semelhante, contra mim mesmo. Luto para saber quem sou, por que sou, de onde vim, para onde vou? Por vezes eu tenho as respostas, já em outros momentos sinto-me suspenso, dependurado sob a navalha da verdade, encurralado entre a razão e a fé, entre o real e o intangível.

Mas há uma fagulha em mim que teima em não apagar. Mesmo reconhecendo que perdi muitas coisas, nunca se extinguiu a paixão que sinto por Deus. Ainda que eu esteja neste atoleiro existencial, aonde não se vai nem para frente nem para trás, continuo crendo, pois existir é absurdo, é contra-fluxo, é contra-mão.

Eis, então, surge a “dialética de Paulo”: “de todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos”. Talvez lhe pareça o coro dos insensatos, mas não é. É paradoxo, é mistério, é, sem dúvida alguma, incompreensível tentar compreender com as lentes da razão aquilo que só pode ser discernido pelo coração.
Talvez seja por isso que eu continuo, insisto, não desisto. Há dias que estou de pé e outros nos quais me arrasto pelo chão gelado do inimaginável. Vou como diz Che Guevara, “derrota após derrota até a vitória final”. Faço como me ensina a Escritura, “diga o fraco: eu sou forte”. 

E quem foi que disse que só se vence quando se ganha? Que nada! Muito pelo contrário, há vitórias que só podem ser atingidas quando se é “derrotado”, pois é “morrendo que se vive para a vida eterna”! E aqui eu lhe afirmo: existem, sim, aqueles que só vencem ao fracassar, os que abriram mão de ser qualquer coisa que não seja em Deus.

Num mundo feito apenas para os “campeões”, prefiro ser perdedor. E se você quiser saber o que é derrota, eu vou lhe dizer, nas palavras de Martha Medeiros: “derrota é quando a gente ganha dos outros, mas desiste de si mesmo”. A bem da verdade, já desisti de mim muitas vezes, e só continuo por aqui porque “Ele” jamais desistiu...
Carlos Moreira