terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Fuga


Fuga. Seria isso? Estamos fugindo? Desistimos? Lavamos nossas mãos?

Então não mais perseveraremos. Acovardamo-nos. Nós, então, resumimo-nos a meros e patéticos covardes. Não... Não creio. 

Quem deixa de jogar pérolas aos porcos não é covarde. Um cão vivo vale mais do que um leão morto. Covarde é quem não luta e nós lutamos. Só fomos derrotados. E, como todo derrotado consciente, para evitar maiores baixas, retiramos nosso humilhado e sofrido pelotão. Não queremos a morte de ninguém, muito menos a nossa.

Morrer? Não assim. Não se jogando em espadas, socando pontas de faca. 

Acaso alguém lembrou-se de nós? Quem pensou em nossas fraquezas e defeitos e se compadeceu? Quem estendeu-nos a mão, de fato? Quem quis nos abraçar e acompanhar-nos espinheiro a dentro? Pois são com estes que prosseguiremos. Não seremos enganadores de nós mesmos, nem deixar-nos-emos ludibriar, por quem quer que seja, ainda que por um belo anjo.

Estamos indo embora, em busca de vida, luz, calor, aconchego e conhecimento. Fartos estamos de tamanha alfarroba servida por uma fanfarronada louca e estéril. Doentes somos, saiamos à cura!

Com toda a fé no Supremo e amantíssimo Santo... Até nunca mais!

Hudson Chaves

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