terça-feira, 27 de março de 2012

Tem paciência

Quer saber? Eu estou de saco cheio. Isso mesmo, sem rodeios. É difícil ver tanta nojeira junto, tanta vergonha ao Evangelho, tanta falcatrua, corrupção, mentiras, enganos e tudo o mais que o diabo pode oferecer a seus seguidores, a saber, os falsos profetas e incrédulos (não se sabe qual é o pior). Vemos agora dois líderes famosos e ricos (oh, sim, muito ricos) digladiando-se freneticamente. E o pior é que ainda há uma multidão de estúpidos que, deixando a luz perfeita da Palavra e emaranhando-se em costumes estranhos, seguem estes tais e os defendem.

Não vou ficar tecendo mais um blá-blá-blá contra esses picaretas, não, tenho mais o que fazer. Mas, se por um lado "ai de quem tocar num ungido de Deus", "ai dos líderes hipócritas que não entram no Reino e não permitem que ninguém mais entre". Há uma boa lista de ungidos do Senhor que caíram e caíram feio. E não caíram porque um ou outro resolveu criticar ou repreender, mas caíram pela própria ira de Deus. Aliás, Este sim deveria ser mais respeitado e lembrado.

Não assitamos a essa balbúrdia escrota, não demos audiência a este antro de idiotice que mais irrita e enoja do que informa. Desligue a TV, vá ler um livro, conversar com alguém (esse alguém pode ser Deus), namorar, estudar, postar em blog, qualquer coisa.

Isso cansa, muito, cansa e chateia. Agora chega que eu preciso estudar. Pois é, não moro em Alphaville, tampouco possuo fazendas ou jatinhos, tenho que ralar muito pra viver. 

Um abraço,

 Hudson Chaves

quarta-feira, 14 de março de 2012

Oração

Hoje eu acordei de madrugada. Na verdade eu fui acordado às 05h00min, por um inseto infeliz que insistiu em subir por minha perna direita e acabou só os fiapos, coitado. Não sei que inseto era, fiquei com preguiça de acender a luz (na verdade a lâmpada do meu quarto está queimada a meses e eu não criei vergonha na cara pra trocar), só sei que ele jaz espalhado na minha perna. Nem devia ser muito grande, nem sujou (muito). 

Enfim, acordei de madrugada e lembrei-me de orar. Eu poderia dizer que "Deus tocou no meu coração para que eu fizesse um clamor" mas eu acho que Ele só deixou minha memória funcionar. E orei. Nada demais, não houve manifestações sobrenaturais, anjos não apareceram, a terra não tremeu nem o "vento do Espírito" soprou. Foi uma oração simples, breve, comum. E foi tão bom, apesar de rápido porque eu estava com um sono horroroso, no entanto parecia que Deus queria só bater um papo. Parecia aquele velho amigo que vem fazer uma visita porque eu nunca mais dei notícia, só pra bater um papinho, ou unicamente pra ouvir a minha voz, me ver. E, como todo crente pidão, fiz lá minhas petições, agradeci e me envergonhei muito de ser tão relapso com o relacionamento com meu Criador. Acho que a oração durou uns cinco minutos, daí pra menos. 

Percebi que esqueci-me de orar, de falar com Deus, de queixar-me com Ele, de lamentar-me, de louvá-Lo. Orar, falar com Deus é muito bom e esquecer-se disso além de pecado é uma verdadeira burrice. Não buscar a Deus é uma coisa que só panacas feridos como eu costumam fazer e, pior, quando mais precisam. E apesar de toda a minha bestialidade, Deus ainda me acorda pra um "bate-papo" na madrugada, só pra matar a saudade. Ele sente minha falta (se você tá na mesma situação que eu, deve estar sentindo a sua falta também). Também sinto muito a distância que acabei ficando dEle (escrever com letra maiúscula toda hora é meio chato, mas é o mínimo de respeito que posso demonstrar pelo meu Deus, dá licença?). 

Puxa, e como é bom orar, só Deus e eu, sem máscaras, sem usar o dialeto "crentês" (obrigatório em orações de "fogo" nos templos góspi) falá-Lo como Ele gosta de ser tratado, como amigo, como Pai. Obrigado, Senhor, por mais essa lição e perdoe por ficar longe. 

Abração. 

Hudson Chaves

sexta-feira, 2 de março de 2012

Pequenas coisas II

Outro dia desses estava em uma das minhas 'viagens' de ônibus a caminho de um terminal rodoviário quando um pregador escandaloso entrou e começou seu espetáculo. Resolvi prestar atenção (até porque não se tem a opção de não prestar) em suas palavras. Em seu discurso me senti totalmente constrangida porque estava de calças, brincos e maquiagem. Eu era a mulher do inferno, a que é usada pelo diabo. Porque tudo isso é vaidade!!

Então, finalmente, quando a nunca tão esperada chegada ao terminal aconteceu, entrei em conflito comigo. Fiquei por muito tempo pensando e questionando: Deus, será que isso é certo? Será que é isso que o Senhor quer? Será que isso agrada ao Teu coração? Será que é isso que eu tenho que fazer?

Eu, realmente em dúvida, não conseguia chegar a uma conclusão. Foi que neste exato momento passou um rapaz deficiente mental andando sem muita direção e outro rapaz ao seu lado o auxiliando, o conduzindo carinhosamente. Foi aí que meus olhos imediatamente lacrimejaram e eu pude entender: isto que é Evangelho.

Fernanda Abdallah 
Mendonça Moreschi