quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ezequiel 34

1 E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
2 Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?
3 Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
4 As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
5 Assim se espalharam, por não haver pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto se espalharam.
6 As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse.
7 Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR:
8 Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que, porquanto as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas; e os pastores apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas;
9 Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR:
10 Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto.
11 Porque assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu, eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei.
12 Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e livrá-las-ei de todos os lugares por onde andam espalhadas, no dia nublado e de escuridão.
13 E tirá-las-ei dos povos, e as congregarei dos países, e as trarei à sua própria terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto aos rios, e em todas as habitações da terra.
14 Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será o seu aprisco; ali se deitarão num bom redil, e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel.
15 Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor DEUS.
16 A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer, e a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com juízo.
17 E quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu julgarei entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e bodes.
18 Acaso não vos basta pastar os bons pastos, senão que pisais o resto de vossos pastos aos vossos pés? E não vos basta beber as águas claras, senão que sujais o resto com os vossos pés?
19 E quanto as minhas ovelhas elas pastarão o que haveis pisado com os vossos pés, e beberão o que haveis sujado com os vossos pés.
20 Por isso o Senhor DEUS assim lhes diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre a ovelha gorda e a ovelha magra.
21 Porquanto com o lado e com o ombro dais empurrões, e com os vossos chifres escorneais todas as fracas, até que as espalhais para fora.
22 Portanto livrarei as minhas ovelhas, para que não sirvam mais de rapina, e julgarei entre ovelhas e ovelhas.
23 E suscitarei sobre elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pastor.
24 E eu, o SENHOR, lhes serei por Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o SENHOR, o disse.
25 E farei com elas uma aliança de paz, e acabarei com as feras da terra, e habitarão em segurança no deserto, e dormirão nos bosques.
26 E delas e dos lugares ao redor do meu outeiro, farei uma bênção; e farei descer a chuva a seu tempo; chuvas de bênção serão.
27 E as árvores do campo darão o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e estarão seguras na sua terra; e saberão que eu sou o SENHOR, quando eu quebrar as ataduras do seu jugo e as livrar da mão dos que se serviam delas.
28 E não servirão mais de rapina aos gentios, as feras da terra nunca mais as devorarão; e habitarão seguramente, e ninguém haverá que as espante.
29 E lhes levantarei uma plantação de renome, e nunca mais serão consumidas pela fome na terra, nem mais levarão sobre si o opróbrio dos gentios.
30 Saberão, porém, que eu, o SENHOR seu Deus, estou com elas, e que elas são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor DEUS.
31 Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois; porém eu sou o vosso Deus, diz o Senhor DEUS.Parte superior do formulário

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Direção

O Caminho certo não tem mão dupla, nem retorno. Ou você segue a direção que ele aponta, ou está fora.

Hudson Chaves

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Fuga


Fuga. Seria isso? Estamos fugindo? Desistimos? Lavamos nossas mãos?

Então não mais perseveraremos. Acovardamo-nos. Nós, então, resumimo-nos a meros e patéticos covardes. Não... Não creio. 

Quem deixa de jogar pérolas aos porcos não é covarde. Um cão vivo vale mais do que um leão morto. Covarde é quem não luta e nós lutamos. Só fomos derrotados. E, como todo derrotado consciente, para evitar maiores baixas, retiramos nosso humilhado e sofrido pelotão. Não queremos a morte de ninguém, muito menos a nossa.

Morrer? Não assim. Não se jogando em espadas, socando pontas de faca. 

Acaso alguém lembrou-se de nós? Quem pensou em nossas fraquezas e defeitos e se compadeceu? Quem estendeu-nos a mão, de fato? Quem quis nos abraçar e acompanhar-nos espinheiro a dentro? Pois são com estes que prosseguiremos. Não seremos enganadores de nós mesmos, nem deixar-nos-emos ludibriar, por quem quer que seja, ainda que por um belo anjo.

Estamos indo embora, em busca de vida, luz, calor, aconchego e conhecimento. Fartos estamos de tamanha alfarroba servida por uma fanfarronada louca e estéril. Doentes somos, saiamos à cura!

Com toda a fé no Supremo e amantíssimo Santo... Até nunca mais!

Hudson Chaves

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Resposta de Deus

E o Senhor ainda fala conosco... Aliás, Ele ainda continua falando conosco.

1 Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR.
2 Portanto assim diz o SENHOR Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o SENHOR.
3 E eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, e se multiplicarão.
4 E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o SENHOR.

Jeremias 23:1-4

domingo, 11 de dezembro de 2011

Até quando?


Até quando seremos vaquinhas de presépio?

Até quando estaremos com nossos olhos fechados?
Até quando acreditaremos 'nesta história'?
Até quando aguentaremos as flechas?
Até quando suportaremos o descaso?
Até quando permaneceremos do mesmo lado?

Até quando seremos ratos de laboratório?

Até quando estaremos amarrados?
Até quando acreditaremos 'nesta visão'?
Até quando aguentaremos as afrontas?
Até quando suportaremos a ditadura?
Até quando permaneceremos na mesmice?

Até quando seremos fantoches?

Até quando estaremos acorrentados?
Até quando acreditaremos 'nesta revelação'?
Até quando aguentaremos os ataques?
Até quando suportaremos as condições?
Até quando permaneceremos parados?

Até quando seremos invisíveis?

Até quando estaremos presos?
Até quando acreditaremos em mentiras?
Até quando aguentaremos calados?
Até quando suportaremos as imposições?
Até quando permaneceremos iguais?

Até quando seremos vaquinhas de presépio?

Fernanda Abdallah 
Mendonça Moreschi

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Seleções

Hoje durante o dia estava organizando a biblioteca do meu pai, e resolvi organizar toda a coleção da revista "Seleções". E não são poucas, é uma em cada mês do ano, desde 1942 a 2005. Enquanto organizava, aproveitava para bisbilhotar a reportagem principal de cada capa. Então resolvi fazer um ranking das manchetes mais publicadas, dos assuntos mais repetidos:

1º lugar (disparado): Saiba como emagrecer: vários tipos de dietas; pílulas emagrecedoras; exercícios físicos.
2º lugar: Sexo: dicas; segredos; sexo na vida conjugal.
3º lugar: Doenças: novas doenças; curas. A campeã é o Câncer.
4º lugar: Violência: pedofilia; violência contra a mulher; diversos relatos.
5º lugar: Mudança de vida: nova perspectiva de vida; filosofias; buscando a felicidade.
6º lugar: A ciência comprova a Bíblia: novas provas; descobrimentos arqueológicos; estudos aprofundados.

Aí pensei: Por qual motivo as pessoas querem ler essas coisas? Por que isso é tão publicado assim? E resolvi fazer um novo ranking relacionado a este primeiro. Um ranking dos possíveis motivos de tais repetições. Veja:

1º lugar (disparado): Talvez esse seja nosso desejo.
2º lugar: Talvez isto seja o mais importante.
3º lugar: Talvez esse seja nosso maior medo
4º lugar: Talvez esse seja um trauma.
5º lugar: Talvez esse seja nosso sonho.
6º lugar: Mas que fé a nossa! Precisa ser comprovada pela ciência?

Então pude perceber com o que o homem tem gastado seu tempo. E decidi fazer outro ranking:

1º lugar (disparado): O homem tem se preocupado em como a sociedade o vê.
2º lugar: O homem tem ficado cada vez mais superficial.
3º lugar: O homem tem alimentado seus medos.
4º lugar: O homem tem sido obrigado a se privar.
5º lugar: O homem tem parado de caminhar.
6º lugar: O homem tem perdido a sua fé e ganhado ciência.

Fernanda Abdallah 
Mendonça Moreschi

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Se eles se calassem...

Calai-vos! Fechai vossas bocas! Silenciai vossas vozes e acabai com vossos discursos, ó profetas de Deus! Deixai que os pecadores pequem, que os injustos se contaminem e que os impuros se lambuzem! É tempo de resfriamento de amor, tempo de desunião, tempo de distorção da Verdade, mas deixai-os. Deixai-os desavisados e poupai vossas gargantas! Abandonai-os inferno abaixo, obedecei e sofrei, adoradores do Altíssimo, secretamente, em vossos quartos, de portas fechadas. Sim, Porta fechada, assim será a vereda dos que até agora têm desobedecido, têm desviado a si e a muitos outros néscios do Caminho, tendo como alternativa o único abismo. Sejais perseguidos, profetas de Deus. Sereis mortos, calados, torturados, incompreendidos brutalmente, vossas críticas serão enojantes aos ouvintes, tais como semente jogada ao vento. Portanto, clamai somente à misericórdia de Deus e desprezai a surdez desse povo endurecido, e não fazei vão o vosso esforço. 

Não, meu amigo. Deus não manda ninguém fazer isso. Pelo contrário, continua falando e alertando aos Seus profetas para que critiquem e gritem contra todas estas doutrinas espúrias que têm sido pregadas e aceitas no meio cristão. Por séculos o cristianismo vem sendo violentado pelos próprios "seguidores" e isso nunca mudou.

Os amantes da Verdade sempre são minoria e acabam sendo sufocados, arrastados, esmagados. Não obstante Deus levanta sempre uma pedra no sapato dos hereges para alertá-los e trazê-los ao arrependimento.

Não meu amigo. Deus jamais se calou diante do pecado. Nem calar-se-á. Deus, limpo e puro como é, alerta ao arrependimento, avisa sobre Seu juízo e o aplica.

Como dizem por aí (e é verdade) Deus cumpre o que diz. Se Ele prometeu, é fiel pra cumprir. Prometeu que salvaria o mundo e cumpriu. Prometeu que consolaria e ensinaria ao povo e tem cumprido desde sempre. Prometeu que irá buscar os obedientes para Si e cumprirá. Prometeu que lançará as almas dos malditos hipócritas (entre os quais devemos, eu e você, tomar muito cuidado para não estar) no lago de fogo, junto com a morte e o inferno e cumprirá!

Pode ficar tranquilo, meu amigo. O blá-blá-blá em negrito não é coisa que Deus diga. É coisa desse pobre humano cansado que te fala. Cansado de pecar, cansado de ver tanta gente trocando Deus por rituais babacas e anti-bíblicos, cansado dos próprios erros, cansado de um monte de outras coisas. Mas como diz em Mateus 11:27-28, vou procurar O que dá descanso às almas dos pobres coitados como eu. Venha comigo, meu amigo, venha tomar um pouco de fôlego pra continuar caminhando.

Um abraço.
Hudson Chaves

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Quem sou?

Dietrich Bonhoeffer foi um teólogo cristão alemão que não se rendeu a Hitler e foi enforcado pela Gestapo. Foi perseguido, preso, teve amigos e parentes assassinados antes de morrer, enfim, foi um mártir do Evangelho. Quando preso, escreveu estes belíssimos e tocantes versos:


Quem sou?
Frequentemente me dizem que
saí do confinamento de minha cela
tranquilo, alegre e firme
como um senhor de sua mansão de campo.
Quem sou?
Frequentemente me dizem
que costumo falar com os guardiões da prisão confiada,
livre e claramente, como se eu desse as ordens.
Quem sou?
Também me dizem
que superei os dias de infortúnio
orgulhosa e amavelmente, sorrindo,
como quem está habituado a triunfar.


Sou, na verdade, tudo o que os demais dizem de mim?
Ou sou somente o que eu sei de mim mesmo?
Inquieto, ansioso e enfermo, como uma ave enjaulada,
pugnado por respirar, como se me afogasse,
sedento de cores, flores, canto de pássaros,
faminto de palavras bondosas, de amabilidade,
com a expectativa de grandes feitos,
temendo, impotente, pela sorte de amigos distantes,
cansado e vazio de orar, de pensar, de fazer,
exausto e disposto a dizer adeus a tudo.


Quem sou? Esse ou aquele?
Um agora e outro depois?
Ou ambos de uma vez?
Hipócrita perante os demais
e, diante de mim mesmo, um débil acabado?
Ou há, dentro de mim, algo como um exército derrotado
que foge desordenadamente da vitória já alcançada?


Quem sou?
Escarnecem de mim essas solitárias perguntas minhas;
seja o que for,
Tu o sabes, ó Deus: sou Teu!

Dietrich Bonhoeffer

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E se...

E se eu assentasse-me sobre minhas mãos
E não mais estendesse-as a ti
E se eu não quiser mais poupar-te de dores
E encher teus dias de pranto e suor?
E se eu apenas te olhasse caminhar
Cuidando apenas para que não morresses
Mas sem dar-te saúde plausível,
Sem cercar-te dos dardos em chamas,
Sem proteger-te das palavras daninhas,
Somente abrir teus olhos, mas deixar-te os espinhos
E se eu não der-te a tua vitória enquanto caminhas,
Não curar-te, não sarar-te, apenas manter-te vivo?
E se eu disser que teu descanso nunca chegará,
Que teu choro jamais terá fim
Que tuas lutas não vão terminar
E que tua coroa não vais receber aqui?

Eu sou Deus, teu criador e consolador
Agindo eu ou não... Quem impedirá?

Forçar-me-ias a agir?
Podes tu coagir-me de algo?
O que queres cobrar-me?

És tu, ingrato devedor,
És tu quem deve doar-te
Entregar-te a mim e não querer mais nada.
Já fiz-te imerecido favor.
Abençoei-te, livrei-te, remi-te.
Não exaltar-te-ei, não engrandecer-te-ei
Não deixarei teu nome às futuras gerações.
Assistir-te-ei com minha presença e isso bastar-te-á.
Não cercarei teus caminhos de rosas,
Dar-te-ei “apenas” minha salvação.

Tua coroa futura é tua cruz de hoje.
Sim, a cruz, é minha benção a ti.
As marcas da promessa são as chicotadas e açoites.
Tua vitória é morrer por minha causa.
A alegria é o choro despedaçado aos meus pés.
Tua restauração é o sofrimento contínuo.
Minha doutrina é quebrantar-te até o pó.
Nada devo-te para que te restitua.
Doei a ti minha graça e misericórdia.
E isso basta!

E se eu não quiser mais falar
E meu silêncio for minha única resposta a ti?
E se eu contorcer seu coração e apossar-me de tua vida
Sem dar-te chance mais de controlá-la?
E se eu enraizar em ti o desprezo total por tua vida
E o apego avassalador pela minha?
E se eu fizer de ti um verdadeiro apaixonado
(pois, de muitíssimo longe não o és)
Pelas minhas veredas dolorosas
E fizer-te em trapos
Para ver-te do meu jeito?
Acaso nunca pensaste que eu posso fazer de ti
O que eu bem entender
E ainda tu teres o privilégio sincero de
Agradecer-me por isso?
E se eu afirmar a ti agora
Que sou eu quem manda e dito as regras?
Que sou imutável por natureza,
Mas posso mudar e ainda continuar com a razão?

Eu sou Deus. Agindo eu ou não...
Tu vais fazer o que?

E se eu te disser que fora de mim é melhor não nascer
E desobedecer-me é pior que um aborto?
Que o único descanso que vais ter
É sob a lápide de tua sepultura?
Que a espada jamais apartará de ti
E por meio dela viverás (e morrerás)?
Eu sou o que sou.
Zelo por ti a todo o instante.
Amo-te, por isso açoito e ensino-te
Ensino-te a ser forte e maduro
Pelas dores, choros e cicatrizes.
Não quero poupar-te para ter-te comigo.
Pois prefiro que tu adentres minhas eternidades aos pedaços
Do que ter que lançar-te, inteiro, no lago ardente.

E se eu disser-te que tu não mais vives
Mas eu vivo em ti... Simplesmente sorri e obedece (ou chora e obedece)
Seja o que for que eu te disser... Obedece.
E se desobedeceres... Eu perdôo-te.
Eu sou Deus. Agindo eu
Querendo eu, ninguém impedirá.
Nem teu pecado. Nem tua desobediência.
Pois eu te amo.

Hudson Chaves

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Revendo nossos conceitos

Nós temos reservado tempo demais para a obra de Deus e tempo de menos para Deus.

Fernanda Abdallah 
Mendonça Moreschi

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pequenas coisas

Gostaria de compartilhar uma experiência (nas pequenas coisas do dia-a-dia) que tive há pouco tempo.

Num dia desses, quando fui tomar banho, percebi que o chuveiro estava ligeiramente aberto.
Pensei em quem teria tomado banho antes de mim, e constatei que havia sido meu pai. Tomei meu banho e pensei em avisá-lo no dia seguinte, para prestar mais atenção na hora de fechar o chuveiro. No dia seguinte me esqueci de avisá-lo e quando fui novamente tomar meu banho, lá estava: o chuveiro ligeiramente aberto de novo. Pensei: puxa vida, não me lembrei de alertá-lo! De amanhã não passa!
Então no outro dia contei o que havia acontecido. Contei que nos últimos dois dias que eu entrava no box para tomar meu banho, encontrava o chuveiro semiaberto. Ainda ressaltei: feche bem forte, pois ele está passando o dia todo aberto, só a noite quando vou tomar meu banho que fecho completamente. Ele concordou.
E mais um dia... Quando fui escovar meus dentes para dormir (havia tomado meu banho mais cedo) escutei adivinha o que? Sim! O barulho do chuveiro. Aí pensei: vou deixar o chuveiro do jeitinho que ele deixou para amanhã de manhã quando for tomar seu banho ele veja que passou a noite toda aberto. Escovei meus dentes e quando estava voltando para o quarto pensei em voltar e fechar aquele chuveiro. Eu não poderia fazer algo assim, fingir que não vi para não me dar o trabalho de fechá-lo e mostrar que meu pai não fez o que pedi e vencer uma discussão. Voltei e o fechei.
Prosseguindo, eu agora tinha um bom motivo para brigar. E briguei! Falei que não adiantava pedir as coisas e que ele não cooperava com nada de dentro de casa. Disse! E ele indagou dizendo: Fernanda, eu nunca deixei esse chuveiro aberto não! Então pensei comigo: É lógico que você acha que nunca deixou o chuveiro aberto. Sabe por quê? Porque você nunca viu o chuveiro aberto! Porque eu fecho toda noite! Mas hoje eu não vou tocar em nada e nem vou conferir se está aberto! Aí quero ver o que ele vai me responder amanhã.
E na mesma noite lá estava eu mais uma vez, ao escovar os dentes, ouvindo o barulho do chuveiro pingando. Algo me impedia de deixar aquele chuveiro pingando a noite toda. E... Fechei aquele chuveiro! Aff! Como posso ser tão mole! Tão frouxa!
Naquele exato momento eu pude entender que isso faz parte do Evangelho. Ser mole faz parte do Evangelho. Deus conseguiu me tocar em meu empenho de brigar. Quando eu conseguiria convencê-lo de que eu estava certa, um amor veio e aniquilou esse sentimento. É meu pai! E eu compreendi que quando a segunda pessoa não quer entender, ou simplesmente não entende, eu não posso deixar de agir, já que o prejuízo é do outro.
Hoje, depois de +/- uma semana, minhas tarefas de todas as noites são: verificar se a casa está toda fechada, conferir se fechamos o gás, apagar todas as luzes, passar no banheiro para fechar o chuveiro e (claro!) lembrar de não brigar no dia seguinte. =)

Fernanda Abdallah 
Mendonça Moreschi

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Acontecer

O que está acontecendo? O que é que há? Estas perguntas começaram a me perturbar de uns dias para cá. Numa discussão com um líder religioso, ele disse que “não está acontecendo nada” com o grupo de jovens da igreja. A propósito eu sou o líder desse grupo. Isso foi um direto no queixo. Eu fiquei muito chateado, mas não rejeitei a crítica e comecei a refletir e até cheguei a constatar que ele tinha razão, apesar de nós tentarmos trabalhar com os jovens, tentar organizar estudos bíblicos que realmente ensinem a verdade (longe de mim desmerecer alguém, eu sou um merda, mas não quero ser) e não essa entorpescência nauseabunda que faz esse bando de desavisados (nós, o povão) engolir,  digerir, achar gostoso e querer mais ainda.

Então, esse mesmo líder anuncia “tempo de mudança”, um “novo tempo”. Santo Deus, que vontade de vomitar. É porque esse “novo tempo” era a apresentação da nova logomarca da igreja, da nova logomarca da nova convenção. Fora o anúncio de diversos eventos góspi com “o intuito de salvar almas” (claro!), com cartazes coloridos, bem trabalhados (haja tempo disponível pra trabalhar tanto no Corel).

Pai eterno e eventual leitor: É essa a mudança? Cartazinhos coloridos e festinhas? É isso que tem que acontecer? Luauzinho, festinha de época, festivalzinho? Zero de discipulado, zero de ordem e decência, zero de Espírito de Deus. Jesus Cristo sendo só da boca pra fora e pra bem longe! Meu Deus, eu estou gritando pro mundo, é essa a mudança? (Senhor, eu não quero atacar pessoas, todos nós somos muito defeituosos, eu sei disso. Sou muito sujo e de dura cerviz, mas, por favor, mude os pensamentos (o meu, primeiramente) pra estarem de acordo com os Seus.) Isso é o que não estava acontecendo no meio dos jovens?

Eu digo o que não acontece na vida dos jovens: arrependimento, aprendizado, quebrantamento, boa vontade de obedecer a Deus, alegria de salvação, redenção, paraíso de Deus, graça, frutos do Espírito. E nisso TODOS NÓS temos responsabilidade! Inclusive cada indivíduo, por não querer nada com o reino de Deus; eu, por ser um líder negligente que poderia estar lutando de forma bem mais efetiva e buscando maneiras de trazer um pouco mais de Deus pra os meus liderados; o meu líder, por não orientar da maneira devida (isso mesmo, só meter o pau não resolve, apresente soluções! Poxa eu me encaixo nessa também...). E uma festinha aqui e outra ali vai angariar almas pra Jesus? Será que ninguém aprendeu? Isso nunca deu certo! Não é uma boa promotoria de eventos (kkkkk) que vai fazer acontecer alguma coisa com alguém. Será que não aprendemos que devemos pregar o Evangelho simples e puro, sem invenção de moda, sem distorções pra encher ego ou distrair ninguém? Ainda vamos na pilha desse monte de estrume desgraçado dos infernos que tem sido vomitado nos púlpitos, continuando a degustar dessas alfarrobas nojentas a nós oferecidas, cheias de idolatria e materialismo, auto-ajuda (?) e prolixidade?

Não estamos aprendendo a amar a Deus sobre todas as coisas, nem ao próximo como a nós mesmos. Não somos gentis, altruístas. Queremos aparecer, ser vistos e reconhecidos. Dizemos que a glória é a Deus, mas queremos essa glória pra nós e, assim, enganamos até a nós mesmos. Mas o que vai “acontecer”? Festinhas. Eventinhos. Tudo para o “reino” (bah, patético!).

Somos um bando de covardes! Não aproveitamos nossa liberdade e inventamos um monte de palhaçadas e deixamos o Evangelho de Cristo de lado. Queremos ir com Deus, mas até onde achamos legal, não aonde Ele quer que cheguemos. Queremos acontecer pra sermos destaque, mas não deixamos Jesus acontecer nas nossas vidas. Pois quando Jesus acontece na vida de um ser humano, é uma loucura total, uma mudança bruta e drástica de paradigmas, começa um desprezo pelo mundo e pelas coisas, um desprezo pela própria vida, pelas próprias realizações para viver a vontade de Deus. E é justamente isso o que NÃO acontece nas igrejas, com ou sem festinhas e eventinhos legais pra galera.

Jesus acontece na vida do homem e esse homem perde o medo de falar, o medo de ser julgado, o medo de se ferir, o medo de sofrer, o medo de morrer. Vê os impropérios e dissabores da vida por causa do Evangelho como honra. Enxerga privilégio ao ser martirizado por causa do nome de Jesus. E eu estou muitíssimo, extremamente distante disso. E é isso que eu preciso aprender. É isso que tem acontecer comigo e com os jovens e com quem quer que seja!

Precisamos viver a alegria da salvação, mas angustiados pelos que ainda estão perdidos. E, cá pra nós, fazer festa e encontros e blá-blá-blás do gênero não reflete nada disso.

A igreja está na contramão da Igreja. Continua flutuante, sonhadora (porque dorme), carnal e imprudente. É preciso acontecer uma conversão generalizada, para que possamos começar, de fato, a cristianizar o mundo como manda a Palavra, e não viver um mundanismo maquiado de igrejinha.

Perdoe-nos, ó Deus, por nossa incompetência. Tenha misericórdia e nos converta.

Amém.

Hudson Chaves

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Grito no Deserto

Um grito no deserto
é um grito forte,
um grito alto,
um grito de desabafo;

Um grito no deserto
é um grito de dor,
de furor, de amor;
é um grito de ousadia,
de apatia, de melancolia;

Um grito no deserto
é um grito sincero,
um grito desesperado,
um grito angustiado;

Um grito no deserto
é um grito de fragilidade,
de saudade, de vontade;
é um grito de tristeza,
de frieza, de fraqueza;

Um grito no deserto
é um grito de compaixão,
um grito de amigo,
um grito aflito;

Um grito no deserto
é um grito não ouvido,
não respondido, nem entendido;
é um grito de emoção,
de solidão, de transformação;

Um grito no deserto
é um grito de confiança,
um grito de esperança,
um grito de mudança.

Fernanda Abdallah 
Mendonça Moreschi

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Deficiências

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser "Miserável", pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

Mário Quintana